Academia São José de Letras- Patrono Arnaldo Claro de Santiago-cadeira 34 em 9 de novembro de 1996.
Arnaldo Claro de Santiago
Nasceu em São Francisco do Sul a primeiro de julho de 1886. Freqüentou a escola primária de seus pais ambos professores.
Iniciou aos oito anos de idade sua ininterrupta adestração na arte poética.
Em 1904 diplomou-se pela antiga Escola Normal Catarinense, passando a exercer o magistério em sua terra natal.
Casou-se com Maria Eugenia Oliveira, com quem teve doze filhos.
Em 1908 ingressou no funcionalismo público da Fazenda, vivendo sempre em São Francisco do Sul , onde se aposentou em 1934.
Fundou dois jornais locais : A Folha do Comércio e O Município.
Depois de se aposentar transferiu residência para o Rio de Janeiro exercendo e dedicando-se ás atividades jornalísticas e á literatura construtiva.
Sempre foi marcante sua presença nos meios literários do Rio de Janeiro e de Santa Catarina.
Faleceu em abril de 1979
Ingressou em diferentes rumos da cultura e da literatura:
Academia Catarinense de Letras
Federação das Academias de Letras do Brasil
Academia de Letras José de Alencar de Curitiba
Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina
Sociedade Brasileira de Filosofia
Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro
Academia Tiberina de Roma
Academia de Ciências de Roma
Academia Degli Immortali d’Itália-Sull’talo Bósforo, de Messina, que o Indicaram para o Prêmio Nobel de Literatura.
Publicou as seguintes obras poéticas: Prelúdios (1914) Fagulhas (1927) Ruínas (1936) Escrínio d’alma (1944) Pórtico(1955) Últimos Cantos (1970 )Lírica Espírita (1975) .
Em seus poemas iniciais predominava o lirismo amoroso depois tomaram cada vez maiores proporções a busca no sentido para a vida, as preocupações metafísicas , o espírito de religiosidade que se enfastia com a matéria passageira e aspira á transcendência
Colocou sua arte poética a serviço de uma missão altamente dignificante. Foi sobretudo um parnasiano que dominou com perfeição a técnica versificatória principalmente o soneto.
A minha preferida é de uma série de artigos que sairam no jornal O Gazeta de Florianópolis nos dias 2- 6 e 16 julho de 1978.
do livro Cânticos do Espírito Imortal- parte publicada também no anuário de Poetas do Brasil - 1977- primeiro volume .
PERANTE O INFINITO
Quão triste não seria a vida humana
se o infinito nos fosse conhecido
e em vez de tudo ser-nos presumido,
podermos alcançar com a mão profana...
Nossa alma , assim, tão pequenina e insana,
ao seu porte haveria reduzido
a imensidão eterna e diluído
em si o próprio Deus de que pro mana.
Já pensastes , orgulhoso ser pensante,
na equação que um problema tão gigante
teria a resolver na eternidade ?
Teu lugar reconhece no Infinito:
alegra-te de ser ponto finito
colocado por Deus na Imensidade !
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