Apresentação Vera De Barcellos da obra "Castelo Azul" de autoria de Roberto Rodrigues de Menezes
Apresentação Vera De Barcellos da obra “Castelo Azul”
de autoria de Roberto Rodrigues de Menezes Janeiro de 2012 Florianópolis- Santa Catarina
Esta belíssima obra literária “Castelo Azul“ de autoria do escritor e poeta Roberto Rodrigues de Menezes, oferece ao leitor um roteiro sutilizado, onde o espírito a preside, a sensibilidade translúcida permanece iluminando cada página de forma sutil e elaborada, o céu emoldurado em anil, as estrelas a brilhar e um sentimento amoroso com toda a natureza se apresenta em nosso viver preenchendo nossos corações e ampliando nossos pensares.
Roberto Rodrigues de Menezes, escritor de outras obras, A Profana Comédia (1999), Vem e segue-me (2008), Ao correr da Vida (2010), Rememórias (2011) e presenteia-nos agora com a menina de seus olhos poéticos “Castelo Azul”
Fiquei a pensar como apresentar aos leitores, os haicais, trovas, cordel, quadrinhas, sétimas, oitavas e os sonetos, de uma forma precisa e clara contida nesta obra “Castelo Azul”.
Em cada página fui conhecendo um pouco da alma poética de Roberto, presenteando-nos a sublimidade de sua alma criativa e a sensibilidade de suas inspirações literárias.
Nossos pensares desdobram-se em um arco-íris vagando pelo espaço sideral levando aos nossos corações a beleza literária de Roberto, quando a nossa alma canta a mais bela canção à natureza.
Passando por cada página, vamos relembrando os nossos caminhos, a estação da saudade, a jornada longa e perfeita, a grandiosidade espiritual e a força dinamicamente literária tão bem apresentada em cada página desta obra.
A espontaneidade literária do autor expressa nas homenagens a outros escritores nossa musa querida, confreira que muito valorizou a nossa Academia São José de Letras, Sra. Zoraida Hostermann Guimarães, nos levam a quietude dos jardins floridos nas pracinhas de São José.
A homenagem a nossa confreira Osmarina de Souza, nossa representante em importantes eventos literários em Santa Catarina.
No “Anjo Solidão” título da nossa querida confreira Telma Lúcia Faria, quanta beleza poética, quanta sensibilidade e ao mesmo tempo triste pensar: Tens algo que me dê felicidade?
A bela homenagem a Nilson Mello e dona Santa, ele escritor de obras infantis em “O contador de histórias”, exemplo de quietude, olhos declamados em luz e fraternidade.
Ah! Não poderia deixar de comentar a homenagem ao seu pai Simeão, lindos sentimentos de gratidão. Quando a Santíssima Família em suas idas e vindas em Nazaré, Jesus, José e Maria portam-se como exemplo fiel das graças oriundas do Pai, exemplo fiel de unidade, de paz e de Amor Universal.
“Amor Materno” homenageando sua mãe, quando em dedicadas sintonias buscava na luminosidade das estrelas e no encantamento do perfumes das flores o amor da Virgem santa por Jesus, dedicando-se aos seus queridos filhos.
Em “A Sogra” um lindo soneto, abençoando cada curva da estrada apresentando a bondade e a felicidade rodeada por todos e onde estiver com o seu amado, em plenitude angelical
Roberto de Menezes em “O canto dos Reis”, com perfumes de incenso e mirra, ofertório das labutas do povo prometido, apresenta a Família Santa, a Anunciação, o Sim, o Encontro e o Nascimento com singeleza, deixando-nos comovidos e ao mesmo tempo curiosos ao folhear mais uma página deste encanto literário. A profecia se manifesta.
A apresentação das cantorias e dos ternos de reis, do Santo Amaro, do Ano Novo, enaltecendo São Sebastião e a Bandeira do Divino, quando Roberto busca a tradição tanto da Ilha de Santa Catarina quanto de seus arredores, que cumprem seu calendário no decorrer do ano novo, tocará alegremente os corações dos leitores as tradições portuguesas deste pedacinho de Terra e Sol.
“Castelo Azul” torna-se um castelo de lembranças que perpassa o coração de cada um, o marulhar do mar, o azul do céu, a jornada pelo verde das matas, as lagoas rendadas, as madrugadas e a dama princesa da lua que brinca de amarelinha.
As praias da Ilha querida de Cruz e Sousa, os coqueiros e as palmeiras dançantes de Araújo Figueredo, o verde chão da ramada, o peixe e o cuscuz do Campeche, as praias das Enseadas e o Morro Sagrado, não se esquecendo dos contornos aveludados dos seus morros, aurora adormecida, a ponte e suas baias, praias cantigadas de saudades do que já foram, neste pedacinho de terra, poema de amor à Ilha.
A pérola amanheceu desperta nesta manhã primaveril quando Roberto Rodrigues de Menezes em sintonia com as forças angelicais pauta em linhas harmoniosas e iluminativas “Maria do céu e Maria da Terra”, orações clarividentes de sabedoria e de expansão espiritual.
Parabéns Roberto, os ensinamentos são para todos.
Finalizando esta maravilhosa obra literária, Roberto nos apresenta dadivosamente seus sonetos em “Amor Materno”, “A escola e o livro”, “Paradoxo”, ”Meu neto Augusto”, “Missa do Divino” e muitos outros. Todos imbuídos em uma sensibilidade que nos faz transpassar o próprio tempo e mergulharmos em sua descritiva literária.
Parabéns Roberto, mais uma vez, desejamos que as Hostes Celestiais estejam sempre contigo e que muitas outras obras possam ser tão belas quanto esta, para ampliarmos nossa visão interior sentindo-nos mais completos como seres que somos ao deliciarmo-nos mais um pouco da riqueza de sua inspiração transcendental.
A matéria prima do poeta é a palavra, assim como o escultor extrai a forma na argila ou num bloco de pedras, a escrita tem toda a liberdade para manipular as palavras e a sensibilidade do poeta é vibrar na mais alta nota de sua sinfonia interior como tão bem nos apresenta Roberto Rodrigues de Menezes na presente obra literária “Castelo Azul”.
Deliciamo-nos.
Vera De Barcellos