Homenagem aos Dia das Mães - Poema de Vera De Barcellos

10/05/2015 22:41

 

10-05-2015.

 

Maio- comemoração ao “Dia das Mães”

 

 

Ë inconfundível falarmos das Mães, tantos poetas e literatos já o fizeram, pois ao comentarmos sobre as Mães, deitaremos em seus braços e nos deleitaremos no âmago de seu coração e lá ficaremos, bebendo da sua energia, da sua bondade, da sua paz e do seu amor.

 

Falaríamos da sua sabedoria, nos ditames das regras a serem cumpridas para o bem de sua família...

 

Tomaríamos como exemplo, o seu equilíbrio junto as intempéries da vida...

 

A alegria estaria estampada em seu rosto ao ver um filho crescer saudável, confiante e preservado de todas as maldades... 

 

A bondade seria acompanhada pela prece noturna, quando a luz faceira beija a noite em carinhos...

 

Sentiríamos o conforto de um lar, onde a Mãe prazerosa prepara mais uma refeição para os seus, à mesa farta e confortável...

 

Daríamos nossas mãos em adeus, junto as suas, ao despedir-se de seus queridos, ao encontro do trabalho diário...

 

Sairíamos contentes com cada uma das MÃES, ao se dirigirem para o seu ambiente profissional, com alegria e sustentação econômica...

 

Tantas e tantas Mães no mundo inteiro, felizes umas, tristes outras e mais tantas outras, ao relento da sorte e da fortuna...

 

A estas MÃES a nossa homenagem, no dia de hoje a nossa gratidão pelo o seu exemplo como MÃES guerreiras, mulheres de fibra e força, destemidas e persistentes...

 

 Mães como MARIA que defraudou a bandeira da luta, do silencio, da harmonia, do confinamento d’alma, das lágrimas de sangue e do vínculo perfeito do perdão...

 

Em todas as Mães do mundo inteiro, leríamos em seus olhos, as frustrações das leis sociais.

 

No silencio de sua alma saberíamos da falta de apoio no decorrer dos anos e aos olhos mordazes de insatisfação dos caminheiros da estrada...

Uma Mãe sempre sabe das dificuldades de outras mulheres e mães, pelas margens da vida, nos guetos e favelas, nos teatros das lidas, nas comunidades pobres e ricas, em todos os lugares do mundo inteiro.

 

Esta Mães sabem das dificuldades de parir seus filhos e de educa-los, estas Mães conhecem o sabor do sangue derramada nas vielas da vida, de seu suor sem recompensas, das longas filas nas madrugadas, desanimadas e desalentadas, procurando o pão para saciar a fome de seus filhos, a necessidade das letras e a sede do frio...

 

Ao falarmos das Mães, olharíamos o silencio de seu sofrimento e sorriríamos  com o sua satisfação frente ao filho, que começa a melhorar da febre alta na ultima madrugada, nas UTIs da vida...

 

Sentiríamos com a Mãe verdadeira o orgulho de formar mais um filho na escola pública, arrumar suas farda para entrar nas forças armadas...

 

Consolaríamos, quem sabe a Mãe que em lágrimas, passa à ferro quente a  última calça,  roupa esta para o velório de seu único filho, que aos dezesseis anos de idade, uma bala perdida, tirou-lhe a vida, nas gangues de rua...

 

Verteríamos lágrimas ao ver Mães ao desalento, vasculhando alimentos nas lixos das cidades grandes, e lambendo os dedos da margarina, perdidas nos papéis velhos e jornais do dia...

 

Ah! MÃES... NOSSAS  e MINHA MÃE...

 

Agradeceríamos as Mães do mundo inteiro que comovidas por outras mães que perderam seus filhos nas guerras impunes onde o corpo de seus queridos jamais será encontrado... Orem ao Pai de Amor para que este episódio fossem dissipados no decorrer dos anos...

 

Falaríamos orgulhosamente das mães e pediríamos que não só, abrissem seus ouvidos, mais abrissem suas almas e seus corações, porque hoje comemoramos o primeiro dia das Mães do terceiro milênio...

 

Estas MÃES de joelhos rogam aos céus, nestes instantes,  que as tristezas sejam torneadas de alegrias, que a mortandade sejam eliminadas das ruas, que as vagas de emprego sejam abertas nas empresas e fábricas, que as favelas tornem-se verdadeiras vilas com moradias saudáveis para a saúde, que as guerras e a fome fossem dissipadas do mundo inteiro e a fartura estivesse em cada mesa e os jardins florissem com os sorrisos dos nossas crianças e adolescentes...

 

Se entregássemos esta lauda em branco para uma verdadeira MÃE escrever algo pelos dias das mães, ela conscientemente abriria seu olhar perambulando pelas rodas da vida, suplicando aos céus, que Lei do Amor Incondicional fossem inseridas na cartilha dourada “SER MÃE”.

 

Mães... o teu véu de amor sublima o nosso coração, pois nós os poetas  e literatos, jamais poderíamos deixar de desfolhar o rosário da tua vida, sem molharmos as rosas do teu plantio, com as lágrimas derramadas por todos as mães que já viveram neste planeta azul.

Plano futuro da Paz e do Amor. Oxalá vertessem risos de alegria pelas margens da vida, escutando dos corações maternais a mais bela canção do Amor Incondicional, a canção dos anjos de DEUS!

                                   Vera De Barcellos